que seja um bom
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
domingo, 29 de dezembro de 2024
sábado, 28 de dezembro de 2024
sábado, 21 de dezembro de 2024
'POLKITA Frita' | Banda 2023 [NEW ALBUM coming]
e um bando de folhas
procura refúgio no meu silêncio...
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
espalhar palavras em dois poemas
olho o mar de frente,
e calo a voz.
fico em silêncio…
espero o cair da noite.
lento.
quero segredar-te
um sorriso
nada mais.
falta apenas ser madrugada...
palavras brilhantes,
puras
trazidas da distância
dos sonhos que só vemos.
atravesso o silêncio
deserto.
e são tantas as horas da tarde…
é preciso embalsamar o tempo.
quinta-feira, 3 de outubro de 2024
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
é sereno o tempo das miragens…
o fascínio do olhar doce,
da paisagem para além do rio,
perfuma as sílabas
dos teus gestos…
o crepúsculo
dá-me desenhos de ti,
das avencas
e das giestas
com que esperas os beijos deste outono…
e se o tempo fosse somente uma vez por acaso!
leio as palavras impossíveis
que escondeste no silêncio
das avenidas anoitecidas…
sílaba a sílaba
percorro a vertigem da insónia.
amanheces-me…
o teu corpo é poema que trago na memória
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
sexta-feira, 23 de agosto de 2024
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
o café está aberto . entro . à minha volta móveis
acorrentados ao pensamento dos que antes de mim tiveram a mesma atitude,
entraram . entre a porta e o balcão serpenteia um caminho de luz que a janela
suja oferece . todos olharam, mas ninguém me viu entrar …
o espelho diz que é sábado.
pergunto-me porque entrei mas a resposta fica esbatida num café.
concluo apenas que o que não nos mata, torna-nos moribundos.
terça-feira, 20 de agosto de 2024
sábado, 17 de agosto de 2024
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
terça-feira, 13 de agosto de 2024
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
S. Martinho de Anta 12 de Agosto de 1907
nascia Adolfo Correia da Rocha.
em Coimbra nasceu para a medicina (aquela especialidade com nome difícil - otorrinolaringologista) e para as letras onde adoptou o nome de Miguel Torga...
torga essa raiz de urze bravia.
dele deixo aqui uma estória que vivi com ele na sua bonomia.
uma segunda feira apareci ao pé dele a coxear.
assim que me viu perguntou
- então moço, o que te aconteceu para estares a coxear?
respondi que tinha dado um jeito na caça (eu era caçador na altura)
- e apanhaste alguma coisa?
ao que lhe respondi que tinha regressado sem nada.
- para a próxima vens comigo. ontem foram mais 3 perdizes (sim ele era um caçador exímio).
lamentavelmente tal nunca aconteceu
mas sei que quem perdeu fui eu, teriam sido mais umas horas de boa conversa
sábado, 10 de agosto de 2024
sábado, 3 de agosto de 2024
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
segunda-feira, 29 de julho de 2024
sábado, 27 de julho de 2024
hoje a Estória navega por "outros mares"...
são os "mares" de uma editora de quem gosto muito: a Tradisom.
José Moças tem feito um trabalho excelente e criterioso nos trabalhos que edita.
este é especial, tem por título Os Primeiros Anos – A correspondência José Afonso / Rocha Pato (1962/1970), por Octávio Ribeiro.
este livro vem reconstruir a história dos primeiros anos da carreira de José Afonso, contada com a ajuda das cartas e dos postais que enviou para Rocha Pato, duas das quais dirigidas a Rui Pato. Fica claro nessa correspondência que a renovação da música popular portuguesa foi levada a cabo por uma equipa-trio que se complementou na perfeição nos papéis específicos de cada um: um autor-cantor, um guitarrista-arranjador e um agente-faz-tudo.
e se isto já era mais que suficiente para despertar a minha atenção, eis que me deparo com uma introdução feita pelo Prof. Abílio Hernandez que foi durante muitos anos diretor do Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra e logo nas primeiras páginas com nomes como Felisberto Lemos um livreiro de excelência que afrontou a ditadura arranjando livros proibidos que entregava envoltos em folhas de papel pardo.
aliás a minha ligação aos livros tem o nome de Joaquim Machado, fundador da Livraria Almedina, mas também de Felisberto Lemos enquanto livreiro na Livraria Atlântida Editora (onde terminou os seus dias de livreiro).
e depois de Felisberto Lemos, aparece a tertúlia do café Brasileira, onde pontuava Torga, Paulo Quintela entre outros.
nesta eu não tinha "cabidela".
era o que se chamava um puto imberbe.
comecei a ter assento mais tarde numa outra e já mais no café Arcádia que era ao lado da Brasileira onde tinham assento Miguel Torga e Fernando Valle.
cada conversa era um privilégio
tanto ensinamento bebi eu nas palavras deles.
para além destas recordações, assomam-me ainda à memória a Clepsidra (hoje já não existe) junto às Escadas Monumentais e a própria imagem de José Afonso a almoçar no snack-bar Safari que se situava na Avenida dos Combatentes (na época em que andava em tratamentos na clínica do Dr. Montezuma de Carvalho) e onde eu também costumava almoçar.
curiosamente ainda à pouco tempo recordei este tempo do José Afonso com o seu sobrinho João Afonso.
a vida é mesmo curiosa...
domingo, 21 de julho de 2024
sexta-feira, 19 de julho de 2024
quinta-feira, 18 de julho de 2024
hoje vou ser diferente,
não conto aqui as minhas estórias... antes deixo as palavras de Dulce Maria Cardoso, a escritora de que se gosta, a escritora que se lê e relê.
ao contrário do autor deste podcast os meus livros de Dulce são Tudo são histórias de amor e Os meus sentimentos.
o primeiro, para além da excelência da escrita da Dulce Maria Cardoso, tem o acrescento muito importante da ofertante.
claro que gosto de Eliete de Retorno e de O chão dos pardais.
o próximo será Autobiografia Não Autorizada de Dulce Maria Cardoso
pois bem aqui ficam as palavras n' A beleza as pequenas coisas.
a parte I e a parte II
e vale tanto a pena
domingo, 14 de julho de 2024
segunda-feira, 8 de julho de 2024
terça-feira, 2 de julho de 2024
olho-te no brilho do sorriso que me ofereces e deixo que a noite se recoste no colo que foi meu ao som das estrelas.
terça-feira, 25 de junho de 2024
segunda-feira, 24 de junho de 2024
domingo, 16 de junho de 2024
quarta-feira, 12 de junho de 2024
preso na saudade
deslizo pelo silêncio
crio sonhos policromáticos no interior da noite
que envelhecem as sombras
e criam delírios na brisa da madrugada.
a manhã amadurece nos nossos corpos
e eu bebo-te a sede da ressaca feita de memórias…
depois…
depois é o poema
inquieto,
curto
e denso
que espalho na brisa quente do Verão.
sábado, 8 de junho de 2024
interrogo-me sobre a veracidade dos dias…
um fio de luar toma conta da noite.
as memórias são pedaços dispersos.
olho a curva suave do horizonte
como se o meu olhar navegasse algures…
regresso à escrita.
a mão perde-se nas letras.
cada palavra é um desejo,
uma imagem…
a lua já adormece no meio das casas.
visto a roupa da véspera
e deixo o beijo e o afago nas palavras
escritas à beira dos lábios.
sexta-feira, 10 de maio de 2024
quarta-feira, 17 de abril de 2024
segunda-feira, 8 de abril de 2024
a noite dança-me no olhar.
bebo um chá e regresso à leitura que se amontoa no chão ao lado sofá.
ensaio uma letra e depois outra...
as frases passeiam pela minha mente. guardo as importantes…
e as horas cavalgam a madrugada
- gosto desta solidão literária -
as janelas mostram-me raios brilhantes mas indecisos…
e num repente avassalador o despertador rouba-me do colo onde me aconcheguei,
levanto os olhos do livro e interrogo-me sobre o que guardei desta leitura
afinal tudo é fantasia
depois de uma leitura da “Espuma dos Dias” de Boris Vian
segunda-feira, 18 de março de 2024
procuro a tua ausência
nos espaços de silêncio...
desfraldo nomes
nas madrugadas de estio
e perco-me nos caminhos que foram da infância…
procuro a soleira da porta.
falta-me espaço
para as palavras que são sempre as mesmas.
o silêncio perde-se no monólogo
tenho pressa,
espera-me a seara rubra das papoilas
sábado, 16 de março de 2024
crescem murmúrios na noite.
o vento aguçado
corta a geometria das ruas
e castiga a violência da escuridão…
olho
e o meu olhar
tem ainda as manhãs tímidas
que não vimos,
que não vivemos…
e se eu te falasse dos amores de verão!?
lá fora, uma luz pequena mostra-me o mar.
imenso.
escrevo palavras náufragas
e devoro-te os beijos
com que brindámos à liberdade
sexta-feira, 8 de março de 2024
a palavra invade a sombra
e todo eu sou um cântico negro…
caminho na rua comprida
gritando respirares
que a voz cala
com um sorriso vazio.
refugio-me no interior do dia…
ontem,
hoje,
paro o tempo na pele
e o olhar nas tuas pupilas…
dispo o calor
que vive na ponta dos dedos
e escrevo a frio sobre a tua ausência
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
a vidraça permite a entrada dos primeiros raios de sol
o aroma do café acabado de fazer irrompe pelas divisões da casa.
levanto-me num repente.
na boca há um salivar abundante por aquele líquido negro.
a manhã seria um fardo impossível de carregar se não sorvesse em pequenos
tragos a chávena que me espera na mesa da cozinha.
ao lado, uma fatia de pão, que já passou pela torradeira, espera um pouco de manteiga
e depois desta derreter terá por companhia um pouco de geleia de marmelo…
é bom saborear a manhã…