o frio,
a distância
e de repente é noite...
hoje
são os olhos no vazio do pensamento a rasgar a brisa das recordações penduradas
na parede branca de um qualquer lugar.
amanhã,
amanhã vou contrariar o tempo…
apesar do sol, farei chuva de lágrimas no entardecer
e escreverei a história dos dias perdidos em folhas amareladas pelos resíduos
tóxicos que trago no peito…
todos os dias são dias de todas as coisas e por isso
gosto do estado poético em que vivo
enquanto deambulo pelas planícies, vales e montanhas
do corpo que me apresentas…
em lentidão vou desbravando a incandescente chama que se
liberta.
silêncio.
ainda é noite
e estamos juntos.
pernoito em ti.
pernoitas em mim.
já se enxerga o dia.
nascemos para o sonho…
escolhi o poema Partir de Maria Teresa Horta no dia da sua partida.
celebremos com a leitura da sua vasta obra
Partir
Não sei