segunda-feira, 30 de setembro de 2024

e porque há dias assim, dias em que a escrita se lança nos dedos e nos rouba o olhar, dois amontoados de palavras, talvez textos, talvez poemas ou simplesmente pretensiosismo do escrevinhador...



é sereno o tempo das miragens…

o fascínio do olhar doce,
da paisagem para além do rio,
perfuma as sílabas
dos teus gestos…

o crepúsculo
dá-me desenhos de ti,
das avencas
e das giestas
com que esperas os beijos deste outono…

e se o tempo fosse somente uma vez por acaso!







desenho-te madrugadas no olhar cansado…

leio as palavras impossíveis
que escondeste no silêncio
das avenidas anoitecidas…

sílaba a sílaba
percorro a vertigem da insónia.
amanheces-me…

o teu corpo é poema que trago na memória





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