domingo, 24 de setembro de 2023

o dia cresceu cedo.
7h22 e há um acordar de uma noite mal dormida.
estranha-se a cama, as almofadas, talvez até o espaço, enfim…
mas sabe bem a fuga à rotina…
a noite tinha acabado bem.
um café com uma amiga que não era vista à cerca de 15 anos.
a morte de um amigo comum e o trabalho num país distante foram as causas desse afastamento.
depois foi a vida…
pequeno almoço frugal e descida à cidade. 10 minutos por ruas empedradas e estreitas carregadas de história.
chegado ao centro era a feira semanal e das velharias a dar cor e vida à cidade.
o Rossio era um mar de fruta, legumes, queijos, enchidos, artesanato, pratos antigos, livros, toalhas de renda e tantas outras coisas que fizeram parte das casas de outras gentes.
parei sempre nos livros.
numa das bancas o meu poeta preferido numa obra da velha editora Arcádia e com palavras de João Gaspar Simões.
15 euros…
é preciso negociar.
5 euros é o preço final a contento meu e do vendedor.
é tempo de forrar a barriga, como diriam Camilo ou mesmo Júlio Dinis.
depois do repasto é preciso deixar que as maleitas do corpo descansem.