segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

hoje dei comigo a pensar que gostava de mudar de profissão…
há sempre dias destes. dias em que a mente divaga e caminha mais rápido que a luz, que o som, que a vida.
e que profissão gostaria eu de ter a partir de agora?
pensei, voltei a pensar e…
gostava de ser catalogador de estados de espírito.





terça-feira, 16 de janeiro de 2024

 

o vento hoje não se cala
as árvores desdobram-se em movimentos bruscos.
acolho as palavras que debruaste a sorrisos e lanço-as sobre a tua pele…
queria olhar-te por dentro e beber todo o teu sentir…
estou a pensar escrever-te uma carta, eu sei que é algo que caiu em desuso, mas mesmo assim vou escrever-te uma carta longa, assim poderíamos recordar dias, horas, minutos, segundos até (sempre poucos para aquilo que desejamos eu sei), que deixaram sempre beijos em falta pendurados nos lábios.
regresso à janela.
o vento continua ondulante.
o olhar caminha lentamente em direção ao horizonte e este mostra-nos as suas transparências.
vou deitar-me… quero sonhar com arroz de míscaros...
até amanhã.




domingo, 14 de janeiro de 2024

 

a luz quebra
sobram-me os sonhos nas mãos e a memória dança nos gestos que acompanham as palavras escondidas no orvalho das manhãs de neblina.
dispo-te a nudez…
e fico confinado às tuas fotografias.
lembro-me do aroma do amor feito.
de peito a arder
espero o eco do dia.

demoro a encontrar-me.
há tanta mas tanta estrada




quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

que cheiro tem a tua ausência?
tem o cheiro do silêncio das palavras perdidas nas manhãs cinzentas e nas noites rasgadas pela negritude.
de mão na orelha procuro o eco da tua passagem nos dias que são os meus dias.
morre a noite.
nasce a manhã
e eu sentado na soleira procuro o som da tua imagem.