demoro-me nas palavras que te escrevo,
o poema, a poesia,
qualquer coisa de imperfeito…
e os corpos atentos…
apenas respiração.
apenas nudez.
tento enganar a realidade
mas há dias que rasgam a memória.
todos os dias são dias de todas as coisas e por isso
gosto do estado poético em que vivo
enquanto deambulo pelas planícies, vales e montanhas
do corpo que me apresentas…
em lentidão vou desbravando a incandescente chama que se
liberta.
silêncio.
ainda é noite
e estamos juntos.
pernoito em ti.
pernoitas em mim.
já se enxerga o dia.
nascemos para o sonho…