paro . foram meia dúzia de passos esquecidos na rua de pedra
irregular . na parede do prédio azul as
sombras espalmam as grilhetas do tempo . a noite escorre pelos beirados .
lentamente estico os dedos na procura da lua que se vê no horizonte . a lonjura
desperta desejos colecionados em manhãs de silêncios .
dispo as palavras que marcaram os lapsos do meu olhar no teu corpo nu …
improviso um sorriso , um olhar , um medo de manhãs geladas …
amanhã talvez finja que os dias não sucedem às noites e estas aos dias.
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Nostalgicamente poético, mergulhando na melancolia da passagem do tempo e da incerteza do futuro. Belo.
ResponderEliminarAs lonjuras despertam nostalgias. Daí a uma sensação melancólica que, por sua vez, desperta a saudade do ser amado, é um ai...
ResponderEliminarGostei, claro que sim.
Como de resto sempre gosto destes seus textos que nos tocam as cordas sensíveis do coração. : )
Boa noite, Zaratustra.
Gostei.
ResponderEliminar