faltava pouco para o sol cair...
o verde perderia a cor e o vermelho das
papoilas correria como sangue da planície.
ali estávamos, no silêncio de olhares
imperfeitos mas cheios de palavras.
amava-a?
claro que sim!
queria tanto inventar uma carícia que prendesse
a tarde, que afastasse a chegada da noite.
o rosto, suave, ficava tão bem com a cor
da tarde, com a cor do final de tarde.
faltava um beijo, um beijo que unisse as
duas bocas... um beijo que selasse a palavra amo-te.
faltava a pele fundida noutra pele.
faltava a pele fundida noutra pele.
faltava fazer amor, tocar em carne pulsante.
faltava prender a tarde.
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