segunda-feira, 19 de setembro de 2022

 

tens os sonhos nas mãos e os pensamentos prontos a ser disparados pela boca
dos teus cabelos solta-se o aroma do amor feito nos lençóis de linho alvo.
olho-te…
a tua nudez é pura como o orvalho da madrugada
e a vontade liberta-se nos muitos poros abertos pela luz do luar.
amanhã vou namorar-te na soleira virada a sul
e dizer-te do olhar que resplandece no dourado do sol.
à noite, quando a penumbra esconder os dias em pontas perdidos no redondel
e as palavras-letras forem açoites que assinalem o poder
vou dizer-te que o amor não tem medida
e ficarei dentro de ti.






4 comentários:

  1. Palavras que me emudecem. Parabéns pelo conjunto do post.

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  2. Que surpresa boa esta... vir encontrar um poema tão sensual e bonito num recanto do Zatustra.
    :)

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    1. Janita, este é um blogue de pequenas histórias, umas em prosa, outras em poesia. Obrigado pelas palavras de apreço.

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    2. Já li algumas das suas pequenas histórias que se lêem com muito gosto. De um suave, claro e cristalino conteúdo, alegram os dias mais tristonhos da vida com sabor a sangue que vivemos actualmente. Eu é que agradeço a sua atenção.
      Já coloquei também este seu recanto na minha lista de leitura. Ficarei atenta a futuras publicações.
      Fique bem. :)

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