sábado, 20 de agosto de 2022

 

peço-te um beijo. depois meto as mãos nos bolsos e aperto os dedos.
aguento a vontade de te abraçar…
fecho os olhos. damos as mãos.
brincamos ao jogo das palavras,
tu dizes a palavra vento e eu espero o embate da brisa.
depois…
depois enfrentamos o anoitecer,
o amor,
a madrugada…

um dia vou pedir-te que vivas comigo
temos tempo para viver de mãos dadas.




sábado, 13 de agosto de 2022



olho os telhados da cidade. a manhã apresentava-se limpa. o mundo continuava a debitar tragédias pesarosas e o homem baloiçava a patetice…
escolhi o dia de hoje para te escrever umas quantas linhas. gosto que sejas com quem partilho os trambolhões e os pódios dos dias. gosto que seja o teu sorriso a saber das coisas vulgares e também das eruditas. gosto que seja o teu olhar a ler as palavras e também os silêncios. é a similitude que nos atravessa e nos faz cúmplices.
hoje é um daqueles dias de nada.
bebo cafés, falho as notícias enfadonhas e procuro o meu tempo…

sabes, faz-me muita falta as tuas mãos coladas às minhas
e o teu beijo guardado no meu céu da boca.
é bom escrever-te.